quinta-feira, 31 de maio de 2012

Estoque de CRIs cresce 22,6% em abril, diz Cetip - BOL Notícias

Estoque de CRIs cresce 22,6% em abril, diz Cetip

SÃO PAULO - O estoque de CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) registrou crescimento de 22,6% em abril, de acordo com dados da Cetip divulgados nesta quarta-feira (30).

Segundo a Cetip, que detém 86% do estoque de CRIs do mercado financeiro brasileiro, o estoque atingiu o montante de R$ 28,4 bilhões no quarto mês do ano, ante R$ 23,2 bilhões registrados no mesmo mês de 2011.

O que é
Ao adquirir um CRI, o investidor está comprando, na verdade, o fluxo de recebimento de crédito concedido para a efetivação do empreendimento imobiliário. Quando você compra um CRI, o rendimento vai se basear no fluxo de recebíveis que, neste caso, são os créditos decorrentes de operação de venda e compra a prazo, ou financiamento e locação de imóveis, sejam estes residenciais, comerciais ou industriais.

Entre as vantagens desse investimento se destacam a ausência de tributação sobre os rendimentos e o baixo risco, por conta do rating concedido pelas agências internacionais.



Enviado via iPhone

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Emissão de fundo imobiliário dobra até maio

Ernani Fagundes
Publicado quarta-feira, 30 de maio de 2012, DCI

XP Investimentos faz parcerias com mais de 100 instituições financeiras e promete oferecer mil diferentes aplicações aos clientes até o final de 2012

São Paulo

O volume captado em ofertas de fundos imobiliários dobrou, de R$ 1,91 bilhão para R$ 3,76 bilhões, nos 5 primeiros meses de 2012 até ontem, quando comparado com o de igual período de 2011. "A demanda por fundos imobiliários cresceu muito. Receber aluguéis sem imposto de renda é uma característica desse produto que explica esse crescimento", disse o diretor de Varejo da XP Investimentos, Eduardo Glitz.

Em geral, as cotas de fundos de investimentos imobiliários são compostas por frações de empreendimentos comerciais como shopping centers e prédios de escritórios que geram ganhos com o aluguel das unidades.

Para efeito comparativo com outras aplicações, a isenção do IR proporciona rendimento próximo ou logo acima da taxa de depósito interbancário (CDI) e acima do rendimento do certificado de depósito bancário (CDB). Quanto ao risco, a cota de FI é de baixa liquidez, ou seja, adquirido o título, é difícil se desfazer dele no mercado secundário, e o valor principal é associado ao bem imobiliário, com risco de apreciação e depreciação.

De acordo com dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a emissão de cotas de fundos imobiliários que foi fraca nos meses de janeiro e fevereiro com R$ 170,25 milhões saltou para R$ 1,404 bilhão em março; R$ 1,128 bilhão em abril e R$ 1,060 bilhão em maio. Ao todo, foram feitas 15 ofertas, contra 12 no mesmo período do ano passado.

Para os próximos meses, outras 10 ofertas estão em análise na CVM, no total de R$ 1,771 bilhão. Entre os 4 pedidos solicitados em maio, está a solicitação para o fundo BB Renda de Papéis Imobiliários de R$ 400 milhões, cujo coordenador líder será a BB Investimentos. Outro pedido é para o fundo Aquilla, de R$ 206,085 milhões, que será coordenado pela Foco DTVM. Em volumes menores, estão os pedidos para o fundo Banrisul Novas Fronteiras, do Banrisul, no valor de R$ 70 milhões, e a solicitação do CSHG Desenvolvimento de Shoppings Populares, coordenado pelo Credit Suisse Hedding Griffo, no valor de R$ 82,476 milhões.

Duas solicitações foram feitas à CVM em abril, uma para o fundo Convida, do Banco Gerador, no valor de R$ 100 milhões, e outra para o BC Fundos de Fundos Imobiliários, do Banco Ourinvest, em R$ 50 milhões.

Ainda em análise estão 4 pedidos feitos no mês de março à CVM. O maior é o do BM Edifício Galeria, com R$ 381,205 milhões, sendo coordenador líder o Banco BTG Pactual. A segunda em volume é a do fundo Plural Capital ABL Shopping, de R$ 300 milhões, que será trabalhada pela Flow CCTVM. O empreendimento Vila Olímpia Corporate, de R$ 172 milhões, terá como coordenador líder a RB Capital DTVA. Em volume menor, a Petra Personal Trader CTVM será o coordenador líder do fundo Bússola, de R$ 10 milhões.

Fatores de risco

Além do risco da baixa liquidez, os fundos imobiliários possuem o risco de inadimplência dos valores que lhe forem pagos pelos locatários, arrendatários e ou eventuais superficiários, a título de compra e venda, locação, arrendamento e ou concessão do direito de superfície dos imóveis. Dessa forma, o fundo estará exposto aos riscos de crédito dos adquirentes, locatários, arrendatários e ou superficiários dos respectivos imóveis que estão estruturados nos fundos de investimento.

Outro risco a ser destacado aos investidores é o risco de desapropriação dos imóveis, assim como, o risco de perdas e danos pela administração de imóveis por terceiros, e o risco de sinistro, que pode ser causado por diversos motivos como incêndios, terremotos e enchentes, eventualmente ou parcialmente cobertos por apólices de seguros.

Diversificação

Em tempos de resultados magros com o mercado acionário, as corretoras e distribuidoras estão diversificando seus produtos e oferecendo fundos imobiliários para aumentar as receitas.

A oferta recente do FI Rio Negro já registrada como encerrada na BM&FBovespa teve 16 participantes: CM Capital Markets, Máxima, Mirae Asset, Petra, Prosper, Icap, Renascença, SLW, Spinelli, Souza Barros, Um Investimentos, XP Investimentos, Flow, Coinvalores, Gradual Investimentos e Banco Fator Corretora.

Entre os exemplos de diversificação além dos fundos imobiliários e do Tesouro Direto, a XP Investimentos pretende oferecer mil diferentes produtos financeiros até o final de 2012, atualmente são 400. "O conceito que trabalhamos há mais de um ano é o de shopping center financeiro, e por isso, fechamos convênios com mais de 100 instituições de pequeno, médio e grande porte", disse Glitz.

"O brasileiro sempre teve a cultura de investimento em poupança, oferecemos outras possibilidades como fundos imobiliários, fundos de renda fixa, LCIs, CRIs, CDBs e títulos públicos direto na plataforma da XP, assim como fundos de previdência PGBL e VGBL", diz o diretor de Varejo da XP Investimentos.



Enviado via iPhone

terça-feira, 29 de maio de 2012

Cade decidirá se fusões até 19/06 seguem regra antiga

Economia

Concorrência

Cade decidirá se fusões até 19/06 seguem regra antiga

Apesar de a nova lei de defesa da concorrência ter entrado em vigor nesta terça-feira, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidirá nesta quarta-feira se processos de fusão e aquisição assinados e apresentados até 19 de junho ainda poderão ser submetidos à regra antiga, escapando assim da análise prévia pelo órgão antitruste.

Segundo o novo presidente do Cade, Vinícius de Carvalho, que deve tomar posse nos próximos dias, os processos assinados até esta segunda-feira e apresentados até o dia 19 – quinze dias úteis após a entrada em vigor da nova lei – estão garantidos na regra antiga. Da mesma forma, qualquer documento de negociação apresentado depois do dia 19 será enquadrado na regra nova. "A dúvida é em relação aos documentos assinados e apresentados durante esse período de transição. É esse critério que iremos definir amanhã (quarta) à tarde".

Carvalho informou que é mais provável que se decida pela aceitação dessas operações, ou seja, com qualquer negócio firmado e encaminhado ao Cade até 19 de junho seguindo a regra antiga. Contudo, para evitar que grupos econômicos aproveitem esse período para apresentar documentos muito vagos acerca de planos de fusões e aquisições, a reunião também estabelecerá critérios sobre a papelada que será aceita ou não pelo Cade, para que esses processos sejam reconhecidos ainda durante a fase de transição.

Regimento interno – O Cade aprovou nesta terça-feira seu novo regimento interno e atualizou algumas resoluções que tratam da defesa da concorrência. As resoluções devem ser publicadas ainda nesta terça na página do conselho na internet.

Os documentos estipulam o formato dos formulários que as companhias precisarão preencher para notificar fusões e aquisições ao Cade, determinam os critérios para enquadramento das operações em rito sumário ou para julgamento em plenário, estabelecem as fórmulas para definição do montante sobre o qual incidirão eventuais multas e esclarecem alguns pontos da metodologia de análise da autoridade antitruste.

(com Agência Estado)



Enviado via iPad

Medida provisória facilita portabilidade do crédito imobiliário

Medida provisória facilita portabilidade do crédito imobiliário

29/05/2012 - 17h31

MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA

Relator da medida provisória que altera a remuneração da caderneta de poupança, o deputado Henrique Fontana (PT-RS) incluiu em seu parecer medida que facilita a portabilidade do crédito imobiliário. A medida teria aval da equipe econômica e do Planalto.

Atualmente, os custos praticamente inviabilizam essa portabilidade, embora ela já exista desde 2006.

O texto seria apresentado nesta terça-feira para a comissão mista do Congresso que analisa os critérios constitucionais da medida, mas a reunião foi adiada por falta de quorum. O parecer deve ser analisado no dia 12 pelo colegiado.

Pela proposta do relator, fica autorizada a substituição de contrato de financiamento imobiliário e a consequente transferência da garantia fiduciária ou hipotecária, em ato único, a outra instituição financeira que não a original do contrato.

Na avaliação do petista, isso pode representar um novo financiamento e auxiliar na redução das taxas de juros ao crédito.

O relatório estabelece que não será preciso um novo registro do imóvel para formalizar a operação porque os termos de renegociação do saldo devedor serão fechados entre as instituições financeiras e os clientes.

Pelo texto, quando a quitação da dívida decorrer da portabilidade do financiamento, não será emitido o termo de quitação, cabendo quanto à alienação fiduciária a mera averbação da sua transferência, operação a ser realizada entre os bancos, segundo o relator.

Segundo o parecer, o financiamento imobiliário depende de grande parte dos recursos oriundos da poupança. Conforme dados do Banco Central, de março de 2011 a fevereiro de 2012, os financiamentos para aquisição e para construção de imóveis habitacionais no âmbito do sistema financeiro de habitação chegaram a R$62,27 bilhões, materializados em 420.221 unidades.

"Estamos falando, portanto, de um dos principais motores da economia, e consequentemente do emprego, que é a construção civil", justifica o relato.

Além de facilitar a portabilidade do crédito imobiliário, Fontana fez outra modificação no texto encaminhado pelo Executivo, determinando que o Banco Central divulgue as taxas de remuneração da caderneta de poupança decorrentes das mudanças propostas na MP.

A principal modificação da MP é em relação a mudança na remuneração da caderneta quando a taxa básica de juros, a Selic, estiver em 8,5% ao ano ou menor do que esse patamar. Nesse caso, o rendimento passa a ser 70% da Selic mais a TR (Taxa Referencial). Atualmente, a Selic está em 9% ao ano. Assim, a remuneração continua sendo 0,5% ao mês mais a TR. Isso foi preservado no relatório.

O Planalto quer votar a MP antes do recesso parlamentar, previstopara 17 a 31 de julho. Além de passar pela comissão mista, o texto precisa ser votados nos plenários da Câmara e do Senado. Na Câmara, a MP da poupança é a 12ª segunda medida na fila de votações.

PUBLICIDADE

Cadastre-se e Vai de VISAMais uma chance de você ganhar R$ 120.000. Cadastre-se na promoção!www.PromocoesVisa.com.br

Aptos com Crédito FácilOferta de Últimas Unidades de Aptos c/ Super Condições. Corretor Onlinewww.Gafisa.com.br/Apartamentos

Decisor Serasa ExperianDecisão De Crédito Com Inteligência Diminua Seu Risco E Aumente Vendaswww.serasaexperian.com.br

Contabilidade na FECAPPrepare-se p/ o mercado de trabalho Inscrições p/ o 2º semestre, acessewww.fecap.br/Vestibular2012

Alavanque a Sua Carreira260 Mil Vagas de Emprego na Catho. Anuncie o Seu CV Por 7 Dias Grátis!www.Catho.com.br/Economia_Negocios

Imóveis em Miami, FlóridaCompra, venda e administração de imóveis, em toda grande Miami, USAwww.AlgebraRealty.com



Enviado via iPad

9 passos para escolher um bom fundo de imóveis - Parte 3

9 passos para escolher um bom fundo de imóveis

 

6. Diferencie rendimento de rentabilidade:

Os fundos imobiliários distribuem rendimentos em dinheiro em igual quantidade para todos os cotistas. Quanto à rentabilidade, porém, cada cotista tem a sua, pois esta depende não só do rendimento recebido como também do valor pago pela cota. Por meio da divisão do rendimento recebido pelo valor líquido pago pelas cotas é possível apurar de quanto foi a rentabilidade.

Observe o exemplo do fundo Anhanguera Educacional. Suas cotas foram lançadas a 100 reais e fecharam a 129,70 reais nesta segunda-feira. O último rendimento foi de 1,0312 real por cota. Ou seja, para quem adquiriu as cotas a 100 reais, a rentabilidade mensal foi de 1,03%, que é o resultado da divisão de 1,03/100. Já quem comprou cotas nesta segunda, por 129,70 reais, teve uma rentabilidade de 0,80%, que é o resultado da divisão de 1,03/129,70.

Além disso, para analisar a distribuição de rendimentos de um fundo não basta olhar para o rendimento do último mês. Ele pode estar, por exemplo, "contaminado" com outros valores, como a renda mínima garantida, rendas extras e amortização de cotas. É importante olhar a média dos rendimentos dos últimos 12 meses e verificar se as distribuições são uniformes ou sazonais. Também na seção "Rentabilidade", do site da BM&FBovespa, é possível verificar os valores distribuídos por cota nos últimos meses.

7. Novas emissões de cotas são fatores positivos:

Para Arthur Vieira de Moraes, são preferíveis os fundos que fazem novas emissões de cotas de tempos em tempos, pois assim se capta dinheiro para comprar mais imóveis, diversificar, trazer mais cotistas, aumentar o patrimônio e a liquidez. No site da BM&FBovespa é possível verificar todo o histórico de emissões.

"Há muitos fundos recentes, que só fizeram uma única emissão. Mas fundos mais tradicionais, como os do Credit Suisse e o Rio Bravo Renda Corporativa já fizeram uma série de emissões", diz Vieira de Moraes. Isso não quer dizer, no entanto, que fundos antigos que tenham feito apenas uma emissão sejam maus fundos. As diversas emissões são apenas uma vantagem a mais.

8. Combine rentabilidade e qualidade:

O especialista lembra que quanto melhor for a percepção do mercado em relação à segurança e à qualidade de um fundo, menor será sua rentabilidade, pois mais os investidores estarão dispostos a pagar pela cota. Fundos com a rentabilidade muito acima da média do mercado, portanto, são os mais arriscados, pois os investidores exigem lucros maiores para correrem mais risco. Da mesma forma, se o fundo tiver problemas, a desvalorização das cotas pode ser muito maior do que os lucros iniciais. Portanto, o ideal é tentar combinar a qualidade com uma rentabilidade dentro da média. Veja como achar um fundo imobiliário de baixo risco.

9. Diversifique

Na opinião de Arthur Vieira de Moraes, para montar uma carteira diversificada, o investidor deve escolher uns cinco fundos diferentes. Um deles pode ser um fundo mais arriscado, desde que se conheçam bem os riscos. Além de todos esses cuidados, o investidor deve sempre ler os relatórios dos fundos e manter-se informado sobre as perspectivas do mercado imobiliário.



Enviado via iPad

9 passos para escolher um bom fundo de imóveis - Guia de Imóveis - Parte 2

9 passos para escolher um bom fundo de imóveis

 

4. Verifique a liquidez do fundo:

Os fundos imobiliários têm cotas negociadas em Bolsa, e elas devem ser compradas ou vendidas por meio de uma corretora, como se fossem ações. Porém, esse tipo de investimento ainda não tem tanta liquidez no Brasil, se comparado a investimentos como ações e fundos de ações. Ainda assim, não é tão difícil fazer negócio, e é bem mais fácil negociar cotas de fundos imobiliários do que imóveis propriamente ditos.

Ao escolher um fundo, porém, o investidor deve ter cuidado de verificar sua liquidez. Observe no seu home broker a média de negociação diária do fundo antes de decidir investir, pois nem todos têm boa liquidez. E boa liquidez é outro fator de segurança ao investidor.

"Os fundos mais líquidos chegam a negociar 1.000.000 de reais por dia. Não é nada comparado com ações, mas o correto é compará-los com os imóveis físicos. Os fundos 'médios' negociam entre 300.000 e 400.000 reais por dia", diz Arthur Vieira de Moraes. Ele lembra que, ao vender suas cotas, o investidor leva três dias para receber o dinheiro, e que quem tem uma posição milionária em fundos imobiliários pode levar algo como uma semana ou uma semana e meia para se desfazer de todas as cotas. "Em compensação, sabe-se lá quanto tempo essa pessoa levaria para vender um imóvel de mais de 1.000.000 de reais", arremata.

5. Prefira os fundos de preço justo:

A lógica para investir em fundos imobiliários é a mesma de se investir em qualquer outro ativo: para ter sucesso, você precisa comprar barato, ou pelo preço justo, e aproveitar o potencial de valorização das cotas para vendê-las por um preço mais alto no futuro. Além disso, a precificação pelo valor justo é um bom indicativo de que o fundo não está passando por problemas.

E como se verifica isso? Primeiro, calcula-se o Valor Patrimonial da cota, dividindo-se o Valor Patrimonial do fundo pelo número de cotas. Em seguida, divide-se o preço da cota por seu valor patrimonial. Quanto mais próximo de 1 for o resultado dessa divisão, melhor, pois mais próximo do preço justo está o preço da cota. Veja o exemplo hipotético a seguir:

Se o valor patrimonial da cota for de 1.000 reais (VP = 1.000) e as cotas forem negociadas a 1.200 reais (P = 1.200), então P/VP = 1.200/1.000 = 1,20, o que significa que as cotas estão 20% mais caras do que seria o justo.

Note que se o resultado estiver acima de 1, a cota está mais cara do que seria o valor justo. Caso seja inferior a 1, significa que a cota está barata, mas nem sempre isso é bom. É possível que o fundo tenha algum problema – por exemplo, o locatário tem atrasado os aluguéis – que está fazendo com que os investidores peçam um desconto.

Os fundos normalmente divulgam o valor patrimonial da cota, possibilitando ao investidor calcular diretamente P/VP. O acesso a esses dados pode ser feito por meio do site da BM&FBovespa, na seção que trata de fundos imobiliários. Ao escolher um fundo, basta acessar a seção "Rentabilidades".



Enviado via iPad

9 passos para escolher um bom fundo de imóveis - Parte 1

9 passos para escolher um bom fundo de imóveis - Guia de Imóveis - EXAME.com

Jatobá Green Building, do fundo Rio Bravo Renda Corporativa, que já fez 4 emissões de cotas

São Paulo – Os fundos imobiliários ainda são um mistério para muitos investidores brasileiros. A liquidez continua baixa se comparada a outros investimentos de renda variável, mas os melhores fundos costumam apresentar rentabilidades interessantes ano após ano, além da vantagem, para a pessoa física, do pagamento regular de aluguéis isentos de IR.

Com a mudança na rentabilidade da poupança, a Selic em patamares mais baixos e as grandes incertezas na Bolsa, os fundos imobiliários tornam-se uma alternativa lateral para quem quer buscar um pouco mais de rentabilidade na renda variável, sem precisar investir diretamente em imóveis.

Esses fundos geralmente investem em um ou mais imóveis corporativos, seja com objetivo de valorização, seja com objetivo de obter renda por meio de aluguéis. Os fundos também podem construir, reformar e vender propriedades e até investir em imóveis residenciais. E existem aqueles que investem especificamente em cotas de fundos imobiliários ou em recebíveis imobiliários – papéis com lastro em imóveis, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs).

Escolher um bom fundo para investir não é uma tarefa intuitiva. Olhar apenas para a rentabilidade é um erro comum, mas este não deve ser o único fator a ser levado em conta. Para ajudar o investidor a fazer a melhor escolha para seu objetivo, Arthur Vieira de Moraes, advogado, agente autônomo de investimentos e membro orientador do Instituto Nacional de Investidores (INI), dá as seguintes dicas:

1. O objetivo do fundo deve combinar com o seu:

O objetivo do fundo tem que estar alinhado com o seu objetivo de investimento. Em primeiro lugar, o fundo investe em imóveis que você investiria diretamente se pudesse, em regiões nas quais você apostaria? Em segundo lugar, se você deseja lucrar com uma renda regular, proveniente de aluguéis, certifique-se de que o fundo escolhido invista em imóveis para locação, e não na construção, melhoria e venda, para lucrar com a valorização das propriedades.

2. Conheça os riscos:

Existem fundos imobiliários que investem em apenas um imóvel para locação, e outros que investem em diversas propriedades. De uma forma geral, fundos com boa diversificação de imóveis e locatários diluem o risco, enquanto que aqueles que dispõem de apenas um imóvel e um locatário tendem a ser mais arriscados.

Tendem, pois um imóvel feito especialmente para um sólido locatário, como uma empresa estatal, pode ser bastante seguro e render bons e regulares aluguéis. Além da concentração, outros fatores contribuem para elevar o risco de um fundo imobiliário, como a locação para inquilinos difíceis de ser despejados em caso de inadimplência. Conheça um pouco mais sobre os riscos dos fundos imobiliários.

3. Conheça o administrador:

Procure também conhecer melhor o administrador do fundo, uma vez que é ele quem vai decidir a composição da carteira, o que fazer com o dinheiro que está em caixa, quando comprar ou vender ativos, para quem alugar os imóveis, por quanto e com quais garantias. A qualidade e honestidade do administrador são fundamentais para o sucesso do fundo.



Enviado via iPad

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Clipping Imóveis: Fundos Imobiliários: A melhor opção de investimento

Fundos Imobiliários: A melhor opção de investimento

O que é melhor, comprar um imóvel ou investir em um fundo imobiliário? Essa dúvida vem atingindo um número cada vez maior de pernambucanos nos últimos meses, uma vez que o mercado imobiliário local nunca esteve tão aquecido. A questão, porém, não tem resposta fácil. Enquanto que comprar uma casa ou apartamento é uma das aplicações mais seguras no mundo financeiro, os fundos imobiliários representam maior liquidez e até maior lucro, além de permitirem investimentos iniciais de valor bem inferior ao movimentado na compra de um imóvel. Se para adquirir um apartamento é preciso de, no mínimo, R$ 70 mil, os fundos aceitam aplicações a partir de R$ 100. E as diferenças não param por aí.

"Primeiro, é preciso que o investidor pense no valor que ele tem para aplicar, no tempo que ele pode esperar, no risco que ele aceita correr e no quanto ele quer de rendimentos", explica Roberto Ferreira, analista financeiro e professor da Faculdade Boa Viagem (FBV). Cada resposta indicará um caminho diferente. Segundo o professor, calcular o risco serve tanto para você saber se vai mesmo investir em ações quanto para escolher qual tipo. "Os fundos contemplam investidores de perfil conservador, moderado e até arrojado".

Para prever o lucro, Ferreira ressalta que é preciso informação do mercado. "Quem quer investir, seja em imóveis ou em fundos, vai ter que saber tudo sobre onde está aplicando o dinheiro. No caso de uma casa ou apartamento, tem que ir atrás de todas as informações do prédio e construtora. Se a escolha for em fundos, a regra é descobrir todos os prazos, taxas, se haverá corretagem e o quanto de imposto você vai pagar em dois, três, quatro e cinco anos", completa.

Para Antônio Pessoa, coordenador do departamento de economia da FBV, outro ponto de atração para os investidores é a diversificação das aplicações, mais fácil com os fundos imobiliários. "Vale prestar atenção nas taxas envolvidas na administração desses fundos. O comum é que aplicações com riscos maiores tenham taxas menores e vice-versa", detalha. De acordo com o coordenador, os fundos também não têm tributação dos rendimentos mensais, o oposto do que ocorre com os aluguéis.

"O fundamental aqui é saber quais cotas você está adquirindo. Ações de shoppings, empresariais, centros de distribuição e logística estão bastante valorizadas hoje. Já os produtos em ascensão no setor de imóveis são flats e salas comerciais", destaca Antônio Pessoa. Outra dica do coordenador para quem escolher a opção de imóveis é evitar casas de praia e campo, que têm maior desgaste e estão sujeitas à desvalorização temporária da localização, o que significa vacância e vendas demoradas.


Enviado via iPad

MP abre ação contra Corinthians e Prefeitura de SP por obras no Itaquerão - Corinthians - Portal FI

MP abre ação contra Corinthians e Prefeitura de SP por obras no Itaquerão

São Paulo, SP, 26 (AFI) - O Ministério Público de São Paulo, por meio do promotor Marcelo Camargo Milani, entrou com uma ação contra o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), por conceder incentivos fiscais ilegais à construção do Itaquerão, que abrirá a Copa do Mundo de 2014.

 Confira! 


Além do prefeito de São Paulo, o Corinthians, a construtora Odebrecht, a Arena Fundo Imobiliário e a BRL Trust serão enquadrados como réus solidários no pagamento de uma multa estipulada em R$ 1,74 bilhão, novecentos milhões a mais que o custo do estádio.

A denúncia aponta que a Prefeitura, com objetivo de diminuir os custos da obra, alterou uma lei que estabelece reduções tributárias para incentivar a implantação e instalações comerciais na região de Itaquera, onde o estádio está sendo construído. Kassab renunciou o direiro de receber R$ 420 milhões em impostos.

O promotor apontou que além dos incentivos fiscais, a cessão do terreno também foi feita de forma irregular. Se o Tribunal de Justiça aceitar o pedido do denúncia do Ministério Público, o prefeito Gilberto Kassab inelegível até o final do processo.



Enviado via iPad

Fundos de pensão vão buscar mais risco - Panorama Brasil

Fundos de pensão vão buscar mais risco

Ante a perspectiva de redução da taxa básica de juros (Selic), os fundos de pensão se movimentam para buscar rentabilidade em títulos privados e informar seus investidores da nova realidade.

"Quem buscar rentabilidade terá que ser mais imaginativo. Os controles de risco terão que ser mais acentuados para identificar títulos privados como debêntures e CDBs", diz  o diretor-presidente da Associação Brasileira das Entidades de Previdência Privada (Abrapp), José de Souza Mendonça.

"No momento, a Bolsa não dá muita segurança às fundações pequenas e médias. Só as grandes participam da gestão das companhias e buscam dividendos. Portanto, Bolsa só para o longo prazo, uma característica dos fundos de pensão", argumenta Mendonça.

Outro caminho a ser trilhado pelas fundações será o investimentos em imóveis, fundos imobiliários e fundos de investimentos em direitos creditórios (FIDCs) do setor imobiliário. "Apenas meia dúzia de fundações está investindo em infraestrutura, que exige muito cuidado na segurança dos recursos e na análise fundamentada do risco", afirma o diretor-presidente.

De acordo com dados do relatório consolidado de 2011, dos R$ 573,73 bilhões detidos pelas fundações, a composição em renda fixa representa 61%, sendo 15,8% ou R$ 99,44 bilhões diretamente me títulos públicos, 4,8% ou R$ 27,5 bilhões em créditos privados e depósitos (inclui debêntures, CDBs e letras financeiras), e 40,4% ou R$ 231,81 bilhões em fundos de renda fixa.

A renda variável aparece com 30% do total, sendo 14% ou R$ 80,4 bilhões diretamente em ações e 16% ou R$ 92,01 bilhões em fundos de investimentos em renda variável.

Entre os diversos, os investimentos estruturados representam 2,3% ou R$ 13,34 bilhões; títulos de dívida externa com 0,1% ou R$ 313 milhões; imóveis em 3,6% ou R$ 20,685 bilhões; operações com participantes com 2,6% ou R$ 14,91 bilhões, e a categoria outros com 0,4% ou  R$ 2,07 bilhões, que inclui derivativos. 

Fundação Cesp

No próximo dia 28 de maio, segunda-feira, a Fundação Cesp vai buscar convencer seus participantes que os bons tempos de juros altos terminaram e que isso exigirá mudança na meta atuarial de seus planos de previdência.

"Teremos que convencer patrocinadores da necessidade de contribuições e os participantes da expectativa de ganhar menos. Mas eles mostraram-se bastante resistentes às mudanças", disse o diretor de previdência da Fundação Cesp, Eusébio Bomfim.

Até 2010, os 10 diferentes planos da Fundação Cesp prometiam a remuneração do Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) mais 6% ao ano. "Manter um patamar de rentabilidade alta exigirá rever a política de investimentos e ser menos otimista."

Em 2011, o fundo iniciou sua política de esclarecimento e conquistou a adesão parcial da maioria dos planos. Atualmente o plano PAP Fundação CESP adota a taxa real de 5% ao ano, PSAP Transmissão Paulista e PSAP Elektro adotam 5,75%, PSAP Duke Energy adota 5,5%, e PSAP Eletropaulo (em BD/CD), PSAP EMAE e PSAP Tietê adotam taxa de juros de 5,25%. Os demais permanecem com taxa real de juros de 6% ao ano.

A fundação tem como patrocinadoras as seguintes empresas — Grupo AES Brasil (AES Tietê , AES Eletropaulo e AES Eletropaulo Telecom); Grupo CPFL Energia  (CPFL Paulista, CPFL Brasil, CPFL Piratininga e CPFL Geração); Companhia Energética de São Paulo (Cesp); ISA CTEEP; Elektro; EMAE e Duke Energy International   e Geração Paranapanema — e atende cerca de 30 mil assistidos, 15 mil contribuintes ativos e 55 mil dependentes.

"Um dos pontos é que o indexador adotado pela Fundação Cesp é o IGP-M, mas o próprio governo federal não emite mais títulos públicos com este indexador, mas com o IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo]", argumenta Bomfim.

Ele conta que até o ano passado, os títulos públicos vinculados ao IPCA, as Notas do Tesouro Nacional série-B (NTN-B) com vencimento em 2040 e 2045 pagavam 5,5% ao ano. "Agora existe a expectativa de que estes títulos longos vão pagar IPCA mais 4,5% ao ano", justifica Bonfim sobre o cenário de longo prazo.

"A queda da Selic mexe com toda a cadeia de investimentos. Damos preferência aos títulos públicos vinculados ao IPCA e por títulos privados indexados ao IGP-M, mas acredito que a meta atuarial mais adequada será de 5% ao ano", propõe Bomfim. "A proposta é chamar uma contribuição maior dos planos de benefício definido e transferir esse conhecimento", completou o diretor.



Enviado via iPad

Clipping Imóveis: Imóveis: Quando um fundo pode "garantir" rentabilidade

Imóveis: Quando um fundo pode "garantir" rentabilidade


Fundos imobiliários utilizam recurso chamado renda mínima para incentivar permanência de cotistas, mas é preciso ter alguns cuidados


Shopping Parque Dom Pedro já lançou mão do recurso da renda mínima garantida

São Paulo – Quem quer investir em um fundo imobiliário e está tentando decidir em qual aplicar pode se deparar com um "benefício" oferecido por muitos deles na forma de renda mínima garantida. Mas como um fundo poderia prometer rentabilidade, se isso é proibido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM)? Ele não pode, e, de fato, não é do que se trata.

São comuns os fundos imobiliários que usam esse recurso, já oferecido por fundos como o Shopping West Plaza, o Shopping Parque Dom Pedro e o Campus Faria Lima. Em geral, o fundo oferece a renda mínima porque está captando recursos para a construção ou a reforma de imóveis. Ou seja, um projeto de médio ou longo prazo que envolve um terceiro, que pode ser uma construtora ou administradora de shopping. É este terceiro o responsável por pagar essa renda mínima aos cotistas, mas não se trata absolutamente de uma rentabilidade garantida, como o nome pode sugerir.

"Essa renda não é garantida. Existe o risco deste terceiro quebrar ou dar calote", lembra Arthur Vieira de Moraes, agente autônomo e membro orientador do Instituto Nacional de Investidores (INI). Segundo ele, quando houver a chamada renda mínima garantida, o investidor deve procurar saber quem é a empresa responsável pelo pagamento e avaliar se é merecedora de sua confiança. Isso porque, em caso de inadimplência, o administrador do fundo não pode fazer muita coisa além de entrar com uma ação judicial contra a empresa.

A inadimplência não é o único problema. No ano passado, por exemplo, os cotistas do Fundo Caixa Cedae ficaram a ver navios durante alguns meses, porque o prazo para distribuição da renda mínima terminou e as obras do imóvel que abrigaria a sede da Cedae no Rio de Janeiro ainda não haviam sido concluídas. Como o locatário ainda não podia ocupar o prédio e começar a pagar aluguéis, os cotistas ficaram sem rendimentos durante os meses de julho e agosto. Apenas em setembro o contrato de aluguel passou a vigorar.

E de onde vem o dinheiro para a empresa remunerar os cotistas? De ninguém mais do que do próprio cotista. O fundo capta o dinheiro junto aos cotistas e o entrega à construtora que vai executar as obras – de reforma, expansão ou construção de um imóvel. É captada uma quantia maior do que a necessária para a obra, pois o excedente deve ser investido em uma aplicação financeira para render e, mensalmente, ser repassado de volta aos cotistas. Por exemplo, se são necessários 100 milhões de reais para uma obra, são captados 110 milhões, de modo que os 10 milhões permaneçam aplicados para gerar a renda mínima.

Renda mínima não deve ser prioridade

Para Vieira de Moraes, o fato de o fundo imobiliário ter uma renda mínima garantida não deve ser um critério para a escolha de um fundo. "A única coisa na qual ele tem que prestar atenção, nesse quesito, é no índice de reajuste que o emissor está propondo, se é o IPCA, o CDI etc. Mas a decisão de investimento não deve ser tomada por ocasião da renda mínima", observa.

Ele explica que fora o risco, a renda mínima tem um lado bom e um lado ruim. O lado ruim é o fato de encarecer as cotas, uma vez que todos pagam um valor maior que o necessário para a obra, a fim de custear a distribuição de renda mínima. O lado bom é o fato de ajudar a manter o preço das cotas num patamar estável no mercado secundário, além de gerar certo conforto ao investidor, enquanto ele espera o retorno do investimento, ainda que sem garantias de sucesso.

Mas o melhor mesmo, segundo Arthur Vieira de Moraes, seria que os investidores fossem mais pacientes e investissem nesse tipo de fundo já com uma visão de prazo mais longo, de modo que os fundos não precisassem se valer deste artifício.

Mais do que a renda mínima, o investidor deve definir se prefere receber aluguéis – modalidade mais conservadora – ou lucrar com a valorização dos imóveis da carteira do fundo – modalidade mais arrojada. Em seguida, deve avaliar o patrimônio do fundo: quais são os imóveis, se teria imóveis naquela região, quem é o locatário, se há boa liquidez em Bolsa, o histórico de rentabilidade e de pagamento de aluguéis, bem como se são feitas ou não novas emissões de cotas, o que é positivo para aumento de patrimônio e liquidez do fundo.

Outro fator importante a observar é o valor da cota. Para saber se a cota está cara ou não, basta dividir seu preço pelo valor patrimonial do fundo, e quanto mais próximo de 1 for o resultado, mais justo será o valor da cota. Abaixo de 1, significa que o valor está descontado em relação ao patrimônio do fundo. Acima de 1, significa que que está cara em relação ao patrimônio.

Trata-se, portanto, de uma engenharia financeira – legalizada, vale frisar – para incentivar os cotistas a manterem o dinheiro aplicado no fundo por um bom tempo. Como as obras são investimentos de médio e longo prazo, os cotistas podem precisar de um incentivo para manter seu dinheiro aplicado por mais tempo.


Enviado via iPad

Zaffari assume controle de fundo de investimento imobiliário no RS | Valor Econômico

Zaffari assume controle de fundo de investimento imobiliário no RS

PORTO ALEGRE - O grupo Zaffari adquiriu o controle do fundo de investimento imobiliário Páteo Moinhos de Vento, dono do prédio onde operam o shoppings Moinhos de Vento e o único hotel com a bandeira Sheraton em Porto Alegre. Em nota, a rede supermercadista informou que comprou a participação do empresário Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do conselho de administração do grupo Gerdau, "que permanece como investidor do fundo, o qual também conta com a participação de outros cotistas".

O valor da operação não foi revelado e nem o Zaffari nem a Gerdau deram entrevistas sobre o assunto. "Com esse novo investimento, o grupo Zaffari associa-se a um dos principais empreendimentos hoteleiros e de operação de shopping center em Porto Alegre, agregando sua experiência nesse segmento", informou a rede na nota. Conforme a empresa, a gestão dos dois empreendimentos "seguirá inalterada".

A varejista é dona de 30 supermercados e hipermercados Zaffari e Bourbon e de oito shopping centers (sete com a bandeira Bourbon e um Center Lar, em associação com o grupo catarinense Cassol) no Rio Grande do Sul e em São Paulo. No ano passado, as operações de varejo apuraram receita bruta de R$ 2,91 bilhões, com alta de 16,9% nominais sobre 2010, e mantiveram o Zaffari como a quinta maior rede supermercadista do país, atrás do Pão de Açúcar, Carrefour, Wal-Mart e Ceconsud. Para 2012, a empresa projeta uma alta de 7,5% acima da inflação.



Enviado via iPad

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Registro de Garantias no BACEN – um ataque ao sistema registral | Observatório do Registro

Registro de Garantias no BACEN – um ataque ao sistema registral

Por resolução (n. 4.088, de 2012), o Banco Central do Brasil criou o Registro de Garantias Constituídas Sobre Veículos Automotores ou Imóveis.

A falência do sistema registral brasileiro parece evidente. Primeiro, houve a investida direta da Central de Gravames, hoje nas mãos da CETIP, que atraiu para si o registro das garantias relativas a bens móveis (veículos automotores) e de títulos de crédito, como as CCI´s. Nenhum Registro de Títulos e Documentos já registra qualquer transação ou operação garantida, cuja informação escoou para centrais que tais.

O Registro Imobiliário parece ser a bola da vez nesse processo de retirada de atribuições e esvaziamento.

A justificativa de Sérgio Odilon dos Anjos, chefe do Departamento de Normas do Sistema Financeiro do Bacen, parece fazer eco às questões levantadas no debate parlamentar do século XIX, quando o Brasil ensaiava a criação de seu registro hipotecário. Segundo Odilon dos Anjos, "o novo sistema ajudará a evitar fraudes, à medida que evitará que um mesmo bem seja oferecido mais de uma vez como garantia". "As diferentes instituições poderão consultar os dados e verificar a situação do bem dado como garantia", declarou (JB de 25.5.2012).

A ocupação dos espaços antes reservado aos cartórios atende a um script bem conhecido: primeiro, a criação da infra-estrutura – para cuja construção não se dispensou o apoio entusiasmado de parte da categoria de registradores; em seguida, a regulamentação via iniciativa legislativa ou administrativa. Citem-se, como exemplos, a  Lei 11.922, de 13.3.2009, que dispensa da formalidade do  registro para a transferência da titularidade de bens imóveis e a Lei 12.543, de 2011, que alterou a Lei 10.931, de 2004, criando um registro, com os mesmos efeitos de "publicidade e eficácia" que os tradicionais registros públicos.

Estamos diante de um processo orquestrado e profissionalmente bem conduzido cujo objetivo final é a substituição do sistema registral brasileiro por modelos que fizeram fortuna nos Estados Unidos.

A pequena nota na FSP de hoje (25.5.2012, p. A8) é esclarecedora dos verdadeiros makers:

Os bancos já têm um registro próprio, mas que não é unificado nem controlado pelo BC. Agora, o registro terá que ser feito em entidades como BM&F e a Cetip (Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos).

Já não pode pairar dúvidas acerca dos objetivos agora declarados de tornar "oficial", pelas mãos do Bacen, o Registro Público de Ônus e Gravames Mobiliários e Imobiliários.

Horizonte estreito para os cartórios

Esta é mais uma crônica de uma morte anunciada. Os Registros Públicos padecem da síndrome "dinogregária", em que esses pesados lagartos da fé pública se movimentam lenta e despreocupadamente sob a chuva de meteoros.

Muito pouco se fez para dar respostas efetivas às demandas sociais por molecularização do sistema registral, com a interconexão dos registros e notas.

No ano de 2005, na condição de Presidente do IRIB, buscava apoio da Abecip para constituição do Registro Eletrônico. Vale relembrar para que os leitores deste blogue percebam que o assunto é antigo e vem sendo ventilado por mim com muita preocupação. Esta era a pauta votada em reunião realizada no dia 16.2.2005 na sede da ABECIP:

1. Estudo de procedimentos-padrão. Escritura-padrão e termos contratuais predefinidos. A escritura pública eletrônica e o registro de imóveis

2. Informatização dos registros de imóveis. Registro eletrônico Fólio real eletrônico. Recebimento e transmissão de escrituras e certidões. Assinaturas digitais

3. A constituição de bases de dados intercambiáveis para trânsito em redes de informação registral – publicidade registral na Internet

4. Reforma do sistema registral brasileiro. Eficácia do registro – a fé pública registral em debate. Segurança jurídica dinâmica. Concentração de informações juridicamente relevantes da matrícula

5. Penhora on line e indisponibilidade eletrônica de bens e registro de imóveis (artigo 185-A do CTN, acrescido pela lei complementar 118/2005). Viabilidade econômica e estudo de modelos de infra-estrutura

6. Constituição de central de custódia e registro de cédulas de crédito imobiliário escriturais. Sistema Abecip-Irib: amplificação da eficácia dos títulos de crédito

7. Estudos para constituição da central de indisponibilidades Irib (Fonte: Boletim do IRIB n. 320, jan./mar. 2005).

No importante evento realizado em São Paulo para discutir as questões relativas à privacidade e publicidade registral, deixei consignado:

De fato, estamos diante de um grande desafio: superar esse isolamento, estabelecendo conexões a fim de que a informação registral possa chegar confortavelmente ao usuário final, ao mesmo tempo oferecendo à administração pública – seja ao Judiciário, seja ao Executivo – uma forma ágil de acesso e intercâmbio com os registros públicos.

Eu penso na penhora eletrônica, por exemplo. Penso na reforma da Lei de Execuções Fiscais, que trouxe no seu bojo a decretação de indisponibilidade de bens – que deve ser comunicada preferentemente por meios eletrônicos aos registros públicos; penso na informação online, nas certidões eletrônicas, na interconexão dos registros, no compartilhamento de dados cadastrais e registrais, e na necessidade de garantir, ao mesmo tempo, a privacidade e inviolabilidade de dados pessoais do cidadão. Objeto de nossas reflexões – a publicidade registral contraposta ao direito à privacidade – é o tema central de nossos debates e merece nossa especial atenção. (Birib n. 322, jul./set. 2005)

Central de indisponibilidades

Hoje (25.5.2012) a Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de São Paulo apresenta oficialmente aos registradores bandeirantes a sua Central de Indisponibilidades.

Congratulo-me com o des. José Renato Nalini por esta importante iniciativa. Registro publicamente os parabéns ao Presidente da ARISP, Flauzilino Araújo dos Santos, que teve a paciência de levar a ideia original avante e concretizá-la agora sob a sua gestão.

É um passo importante, mas não suficiente. É necessário investir corajosamente na superação das assimetrias que nos tornam tão pouco aparelhados para os desafios do milênio. Falta avançar decididamente, como tenho insistido veementemente, como indicado no item 6 da pauta concertada com a ABECIP.

Antes que seja tarde demais…

RESOLUÇÃO bacen Nº 4.088, DE 24 DE MAIO DE 2012

Dispõe sobre o registro, em sistema de registro e de liquidação financeira de ativos, das garantias constituídas sobre veículos automotores ou imóveis relativas a operações de crédito, bem como das informações sobre a propriedade de veículos automotores objeto de operações de arrendamento mercantil.

O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público que o Conselho Monetário Nacional, em sessão realizada em 24 de maio de 2012, com base nos arts. 4º, incisos VI e VIII, da referida Lei e 23 da Lei nº 6.099, de 12 de setembro de 1974,

R E S O L V E U :

Art. 1º As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil devem registrar, em sistema de registro e de liquidação financeira de ativos autorizado pelo Banco Central do Brasil:

I – as garantias constituídas sobre veículos automotores ou imóveis relativas a operações de crédito; e

II – as informações sobre a propriedade de veículos automotores objeto de operações de arrendamento mercantil.

Parágrafo único. O sistema de registro a que se refere o caput deve:

I – ser de âmbito nacional;

II – possibilitar a consulta unificada das informações; e

III – permitir ao Banco Central do Brasil o acesso às informações e aos documentos necessários ao desempenho de suas atribuições legais.

Art. 2º As instituições mencionadas no art. 1º devem indicar diretor responsável pelos procedimentos de que trata esta Resolução.

Parágrafo único. Para fins da responsabilidade a que se refere o caput, admite-se que o diretor indicado desempenhe outras funções na instituição, exceto as relativas à administração de recursos de terceiros, à auditoria interna, aos controles internos ou outras que possam implicar conflitos de interesse ou representar deficiência de segregação de funções.

Art. 3º Fica o Banco Central do Brasil autorizado a adotar as medidas necessárias ao cumprimento desta Resolução, disciplinando, em especial, os seguintes aspectos:

I – informações requeridas para os registros; e

II – cronograma para implementação dos registros.

Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Alexandre Antonio Tombini

Presidente do Banco Central do Brasil

Seja o primeiro a gostar disso post.



Enviado via iPhone

Fitch Rebaixa Rating da 1ª Série de CRIs da Vision Securitizadora Para ‘BBB(bra)'; Perspectiva Negativa

 
25 Mai 2012 17h21Print

Fitch Ratings - São Paulo, 25 de maio de 2012: A Fitch rebaixou para 'BBB(bra)', de 'A(bra)', o Rating Nacional de Longo Prazo da primeira série da primeira emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) da Vision Securitizadora S.A. (VisionSec),no montante de BRL248.270.269,20. A Perspectiva do rating permanece Negativa.

O rebaixamento se deve à incerteza cada vez maior sobre o prazo em que ocorrerá a novação dos créditos contra o Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS), lastro desta série de CRIs; ao fato de a VisionSec ainda não constar como titular dos créditos nos sistemas do agente do FCVS, a Caixa Econômica Federal (Caixa); e à incerteza sobre quanto tempo a reserva para despesas ainda suportará os custos da transação, em face dos crescentes gastos para gerir a carteira de créditos.

Em março de 2011, a Gestora de Recebíveis Tetto Habitação S.A. (Tetto), administradora da carteira de créditos que lastreia esta emissão, foi informada que alguns dos contratos haviam sido marcados para dedução de antecipações de  pagamento do FCVS, reduzindo o valor dos ativos em aproximadamente BRL62,8 milhões, ou 18% do valor total da carteira. A VisionSec argumentou junto à Caixa que seus créditos haviam sido marcados erroneamente e solicitou a desmarcação. Em dezembro de 2011, no encerramento do processo administrativo instaurado para esclarecer as circunstâncias da comercialização de créditos originados pelo Banco do Estado do Rio de Janeiro S.A. (Berj) – origem da carteira que lastreia esta emissão –, foi decidido o restabelecimento das vinculações de deduções das antecipações para corrigir as condições dos créditos. Apesar da decisão favorável à VisionSec, os créditos ainda não foram desmarcados, e não há previsão de quando isso ocorrerá, aumentando ainda mais a incerteza sobre a expectativa do prazo para novação.

A Fitch observou também que os créditos não constavam como sendo de titularidade da VisionSec nos sistemas da Caixa. A VisionSec solicitou a abertura de matrícula própria e transferência da titularidade dos créditos, em conformidade com os contratos enviados ao agente do FCVS. A entrada de outro ente na cadeia sucessória dos créditos deve prolongar ainda mais o processo de novação, componente não considerado na análise inicial da Fitch.

Adicionalmente, as despesas para gerir a carteira de créditos vem crescendo, em face das adversidades encontradas durante o processo de novação. Atualmente, a reserva para despesas, no valor de BRL1,0 milhão, é suficiente para cobrir 5,7 anos de despesas. No entanto, a Fitch considera que as despesas aumentarão ainda mais e a cobertura para despesas será reduzida.

Em 30 de abril de 2012, o valor da carteira de créditos era de BRL348,1 milhões e o saldo devedor dos CRIs seniores, de BRL330,7 milhões.

Esta emissão é lastreada por créditos contra o FCVS, oriundos de contratos de financiamento imobiliário inativos, originados pelo Berj no período de 1967 a 1989.

A estrutura da operação contempla a amortização do principal e juros acumulados em parcela única na data de vencimento final legal, em 1º de janeiro de 2027, com recursos provenientes da novação dos créditos contra o FCVS. Entretanto, estão previstas amortizações extraordinárias dos CRIs sempre que ocorrer novação de alguma parte dos créditos.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Aquisição de terras do Brasil por estrangeiros será discutida na Agricultura

Agronotícias

Aquisição de terras do Brasil por estrangeiros será discutida na Agricultura
24 de maio de 2012 - 08:53h
Autor: Assessoria

A subcomissão, que avalia aquisição de terras rurais por estrangeiro, após nove meses de muita discussão, concluiu o relatório e encaminhou para análise da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Capadr). O texto aprovado limita a quatro e a dez módulos fiscais, respectivamente, aquisição e arrendamento de imóveis por empresas internacionais.

A proposta proíbe venda de áreas para Organização não-governamental, fundos soberano, ainda que sob a forma indireta, mediante controle societário, constituição de fundo de investimento imobiliário ou contratação de consórcio.

Segundo o presidente da subcomissão, deputado federal Homero Pereira (PSD-MT), o país necessita de novo marco legal para a matéria, para dar segurança jurídica a quem possui investimentos no país. Destaca ainda que o a lei não é o único instrumento de controle do poder público para resguardar a soberania nacional.

"Muitas questões ainda serão apresentadas. Encerramos uma etapa importante, apontamos uma direção, indicando que o parlamento brasileiro está disposto a respeitar os contratos já estabelecidos", comentou Homero.

A nova redação ressalta ainda que os imóveis adquiridos por sociedade estrangeira no país deverão respeitar os princípios da função social e da propriedade e quando assim autorizar o Poder Executivo.

Outra restrição contida no conjunto de regras diz respeito às áreas indispensáveis à segurança nacional. Neste caso, serão necessárias consulta prévia e a autorização do Conselho de Defesa Nacional.

A aprovação do projeto não foi tranquila. Foram necessários duas prorrogações de prazo, e, no dia da votação, a sessão foi suspensa na tentativa de um acordo. Sem consenso, o relatório de autoria do deputado Beto Faro (PT-PA) foi rejeitado, sendo aprovado pela subcomissão o Voto em Separado apresentado pelo deputado Marcos Montes (PSD-MG).

Dos cinco pontos divergentes entre as proposições, a limitação de áreas em até cinco mil hectares válida mesmo para empresas brasileiras controladas por capital estrangeiros travou a negociação e não houve possibilidade de acordo entre os membros da subestra.

As várias alterações pela Advocacia Geral da União (AGU) na legislação vigente provocou uma instabilidade no setor, sendo o Florestal um dos mais prejudicados com a última interpretação do órgão, em 2008, e aprovado pelo governo federal em 2010. A estimativa do segmento é perda na ordem de R$ 37 bilhões resultado de suspensão ou não concretização de novos empreendimentos planejados. Não há no país cadastro seguro do tamanho da área em poder do investidor internacional. Mas, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), registra 34.371 imóveis em 4.348.822 hectares, o equivalente a 0,51% do território nacional. Para efeito de comparação as terras indígenas ocupam 12,6% das terras brasileiras.







Enviado via iPhone

terça-feira, 22 de maio de 2012

Alphaville prepara expansão com mais de 80 projetos

Folha de São Paulo, Mercado Aberto, 20/mai

Negócio mais rentável do grupo Gafisa, que teve prejuízo de R$ 945 milhões no ano passado, a Alphaville Urbanismo trabalha em um projeto de expansão agressivo.

São 80 empreendimentos em desenvolvimento e três lançamentos previstos para este semestre. Cada um demanda aporte de R$ 50 milhões em média.

Até junho, a empresa anunciará condomínios em Teresina e Belo Horizonte, além da segunda etapa do empreendimento de Brasília.

Os três projetos seguem linhas diferentes de produtos da empresa.

Em Teresina, o residencial é voltado para a classe média. Terá mil lotes com cerca de 300 m2 cada um e preços a partir de R$ 80 mil.

Esse modelo econômico, que hoje corresponde a 25% do total dos produtos, deve alavancar o crescimento da empresa. "Em dois ou três anos, atingirá 40%", diz Marcelo Willer, diretor-executivo.

O projeto de Brasília envolve a construção de 15 condomínios e R$ 1 bilhão em investimentos. Pronto, deve ser ocupado por 200 mil pessoas e terá o dobro do tamanho do de São Paulo.

"É quase uma nova cidade", diz Fábio Valle, da empresa.

Empreendimentos similares, mas de menor porte, com capacidade para até 50 mil moradores, serão lançados em Fortaleza e Natal. Um terceiro está em andamento em Recife.

O projeto de Belo Horizonte, que consumirá R$ 90 milhões, segue o padrão original da Alphaville, com terrenos de cerca de R$ 250 mil.

 

 

Governo estuda novas regras para facilitar portabilidade do crédito imobiliário

Monitor Mercantil, 09/mai

O Ministério da Fazenda confirmou que o governo estuda regras que facilitem a portabilidade do crédito imobiliário. A área técnica do governo está finalizando os estudos, mas não foi divulgada uma data para o anúncio das medidas com os ajustes na portabilidade. A alteração facilitaria a transferência de crédito imobiliário de um banco para outro que oferecesse mais vantagens para o mutuário. A portabilidade, segundo o Ministério da Fazenda, está em vigor desde setembro de 2006.

O assunto passou a ser destaque depois de o governo anunciar a nova regra para a caderneta de poupança, no último dia 3. A mudança estabeleceu alteração na remuneração da aplicação quando a taxa básica de juros, a Selic, estiver em 8,5% ao ano ou menor do que esse patamar. Nesse caso, o rendimento passa a ser 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR). Atualmente, a Selic está em 9% ao ano. Assim, a remuneração continua sendo 0,5% ao mês mais a TR.

Para tentar esclarecer os poupadores, foi publicada uma lista com perguntas e respostas no site do ministério, incluindo as questões sobre o crédito imobiliário. O ministério procura esclarecer que "não há vinculação direta entre a alteração na remuneração dos novos depósitos de poupança e a redução nas taxas de juros dos financiamentos habitacionais já existentes, até porque estes são instrumentos juridicamente perfeitos que devem ser respeitados".

Por outro lado, o argumento do Ministério da Fazenda é que a redução nas taxas de juros da economia terminará incentivando os bancos a financiarem imóveis a taxas menores do que as dos contratos já firmados e, diante desse quadro, os mutuários devem exercem o direito de portabilidade. Como o governo anunciou a mudança no cálculo da poupança justamente para abrir caminho para uma eventual queda nos juros, os contratos antigos passarão a ser menos vantajosos à medida que as taxas ficarem menores.

No último dia 4, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, informou à Agência Brasil que a expectativa do governo é ter, daqui a alguns anos, uma taxa de juros que flutue entre 4% e 8%. De acordo com o boletim Focus do Banco Central (BC), a taxa básica de juros (Selic) que, como o nome diz, serve como base de cálculo para as demais taxas, terminará o ano em 8,5% ao ano. Os dados do documento, no entanto, refletem dados até o dia 4 de maio, quando começaram a valer as novas regras da poupança. O Comitê de Política Monetária do Banco Central deverá ser reunir nos próximos dias 29 e 30 de maio para definir a taxa básica de juros.

O Ministério da Fazenda também esclarece aos mutuários que a mudança na regra na caderneta de poupança não reduzirá o valor da prestação no financiamento da casa própria dos contratos já existentes. Isso porque os contratos de financiamento imobiliário, em sua maioria, apresentam uma taxa fixa, com correção do saldo devedor pela Taxa Referencial (TR) e não dependem diretamente da Selic, embora a mesma taxa tenha certa influência no valor da TR.

O Ministério da Fazenda garante que o risco de um eventual descasamento entre os ativos e passivos da fonte de recursos (funding) do financiamento imobiliários não será alterado, mas descarta a diminuição dos recursos para o crédito habitacional já que não há expectativa de queda no volume dos depósitos em poupança. No último dia 8, o Banco Central informou que a poupança teve melhor resultado para abril desde 2007, com os depósitos superando as retiradas em R$ 1,977 bilhão.

 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Accor projeta crescimento de 20% no Brasil em 2012

Valor Econômico, Alberto Komatsu, 15/mai

A rede francesa de hotéis Accor, a maior do país em quantidade de hotéis, estima crescimento de 20% no seu faturamento no Brasil, em 2012, após ter movimentado US$ 910 milhões no ano passado. Esse resultado representou uma expansão de 27,7% na comparação com 2010.

A estimativa é do diretor-geral da Accor para a América Latina, Roland de Bonadona. Na região, a empresa registrou faturamento de US$ 1,03 bilhão em 2011, com aumento de 27,8% diante de 2010. O mercado brasileiro responde por 90% dos negócios da rede na região.

Segundo Bonadona, a Accor já tem US$ 1,2 bilhão em contratos assinados com parceiros investidores para 85 hotéis no mercado brasileiro até 2016, sendo 70 da bandeira econômica Ibis. No total, a rede francesa projeta potencial para 100 novos empreendimentos no país nesse intervalo de tempo, ou o equivalente a US$ 1,5 bilhão. Outros 15 hotéis poderão ser inaugurados em outros países da América Latina, elevando o investimento para US$ 2 bilhões na região.

"Nossa participação de mercado tem aumentado e nossos resultados têm melhorado com os esforços para ampliar a captação de clientes", disse Bonadona. Como exemplo de medidas para aumentar a quantidade de hóspedes, ele cita o investimento de US$ 35 milhões em campanhas de marketing na América Latina. Outro exemplo é o programa de fidelidade da Accor, o Le Club Accorhotels, que responde por 150 mil reservas por mês no país. A rede também têm investido na internet, responsável por 20% das vendas.

Na América Latina, a Accor vendeu 5,5 milhões de diárias no ano passado. Os canais próprios de distribuição responderam pela comercialização de 2,2 milhões de diárias, sendo 1 milhão pela internet. O programa de fidelidade da rede vendeu 1,6 milhão de diárias na região no ano passado.

A Accor inaugurou 13 hotéis na América Latina no ano passado, dos quais nove no Brasil. Com isso, a rede tem atualmente 152 hotéis no país. Para 2012, estão previstos outros 17 empreendimentos na região, sendo 14 no mercado brasileiro.

Bonadona estima crescimento de 10% na receita por apartamento disponível (revpar) no país neste ano. Esse indicador é medido pelas médias da taxa de ocupação e diária média. A diária média, por sua vez, poderá aumentar entre 6% e 8%, conforme estimou o executivo.

 

 

Dispara emissão de letra imobiliária

Valor Econômico, Silvia Rosa, 15/mai

Diante do apetite dos investidores para papéis de renda fixa que oferecem isenção de Imposto de Renda, os bancos têm utilizado as emissões de Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) como uma fonte de funding alternativa para financiar as operações de crédito imobiliário, engrossando os estoques desses papéis.

O saldo de LCIs cresceu 52,3% nos últimos 12 meses encerrados em abril, atingindo R$ 53,679 bilhões, segundo dados da Cetip. No período, a captação desses títulos avançou 42,65%, somando R$ 25,268 bilhões.

A Caixa é uma das instituições que têm utilizado esse instrumento para captar recursos para novas concessões de financiamento à habitação, respondendo por 33% do mercado. A carteira de LCIs do banco já soma R$ 20 bilhões, um crescimento de 58,2% do estoque nos últimos 12 meses encerrados em março. "Esses títulos têm sido uma importante fonte de funding, dado o ritmo de crescimento dos financiamentos imobiliários", afirma Márcio Percival Alves Pinto, vice-presidente de finanças da Caixa. A carteira de crédito imobiliário do banco tinha um saldo de R$ 164,6 bilhões em março, sendo R$ 85 bilhões relacionados a recursos da poupança.

No caso do crédito imobiliário, como a legislação obriga os bancos a aplicarem 65% do que é captado via caderneta de poupança em financiamento habitacional, as instituições acabam emitindo as LCIs quando a carteira de crédito imobiliário é maior que o volume destinado para cumprir essa exigência. Como a concessão de crédito tem crescido a um ritmo superior ao da captação da poupança, muitas instituições financeiras têm buscado fontes de recursos alternativas para bancar essas operações.

A emissão desses títulos representa uma fonte de funding mais barata que a captação de recursos por meio de Certificados de Depósito Bancário (CDBs) ou de Letras Financeiras para as operações de crédito imobiliário, tipicamente financiado com recursos da poupança. Isso porque como as LCIs contam com isenção de Imposto de Renda para os investidores pessoas físicas, os bancos podem oferecer uma taxa inferior a dos CDBs aos clientes.

O rendimento das LCIs varia entre 85% a 95% do CDI, dependo do prazo e valor da aplicação. Com o benefício fiscal, porém, o retorno acaba sendo superior ao dos CDBs, que contam com a incidência de Imposto de Renda - com alíquota que varia de 22,5% a 15% sobre os rendimentos.

Assim com os CDBs, as LCI também contam com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Além disso, esses títulos são isentos de recolhimento de compulsório e também estão liberados da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), destaca o vice-presidente da Caixa.

No Itaú Unibanco, por exemplo, o estoque de LCIs ao fim do primeiro trimestre já alcançava o mesmo volume de Letras Financeiras, somando R$ 16,750 bilhões, crescimento de 67,75% em relação ao mesmo período do ano passado. Boa parte desses títulos é vendida para clientes do "private banking" do banco, que têm mais de R$ 3 milhões em investimentos, com alocação mínima em torno de R$ 100 mil.

O prazo das LCIs varia de 60 dias a dois anos. Mesmo sendo de curto prazo, o vice-presidente da Caixa não vê um risco de descasamento com o passivo imobiliário, que é de longo prazo, uma vez que a taxa de renovação desses investimentos costuma ser alta.

"Temos visto um alongamento dos prazos desses papéis, com os investidores aumentando a parcela de ativos de menor liquidez na carteira", reitera Charles Ferraz, responsável pelo aconselhamento aos investidores do private banking do Itaú Unibanco.

Na Caixa o prazo médio das emissões tem ficado entre 15 e 18 meses, e a aplicação mínima é de R$ 50 mil. "Estamos estudando reduzir esse valor para oferecer acesso a esses papéis aos clientes de varejo", afirma Alves Pinto.

O Santander já oferece LCIs para o segmento de varejo, com aplicação mínima a partir de R$ 30 mil. "Esse é um funding considerado estável, com maior pulverização na base de clientes de varejo, e é uma alternativa interessante que ajuda a compor com a poupança o funding para a carteira imobiliária", afirma José Roberto Machado, diretor executivo de negócios imobiliários do Santander. O volume de LCIs emitidas pelo banco cresceu 12% no ano passado em relação a 2010, somando um saldo de R$ 8,6 bilhões.