sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Cancelamento de emissão de CRI

SÃO PAULO, 24 de fevereiro de 2010 - A empresa Celulose Irani informou nesta quarta-feira que aprovou a emissão pública de debêntures no valor total de até R$ 100 milhões. Além disso, a Brazilian Securities e o banco de investimentos Credit Suisse anunciaram o cancelamento do pedido de registro da emissão pública de Certificados de Recebíveis Imobiliários que seriam lastreados em créditos imobiliários de responsabilidade da Celulose Irani.


Segundo comunicado, a ratificação do cancelamento da 1ª emissão privada de debêntures simples da companhia, da espécie nominativas (não conversíveis em ações, com garantia real, em uma única série), será no valor total de R$ 60 milhões.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O dinheiro é só um detalhe

Os sócios da Prosperitas criaram a maior gestora de fundos imobiliários do país ao planejar do começo ao fim os empreendimentos em que investem.

BR Properties pode valer o dobro de rivais na bolsa

Valor Econômico - São Paulo/SP - EU & INVESTIMENTOS - 19/02/2010
 
Fernando Torres, de São Paulo


Embora com um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (lajida) em 12 meses menor que o obtido pela São Carlos e em linha com o registrado pela Cyrela Commercial Properties (CCP), a BR Properties pode vir à Bovespa valendo mais que o dobro dessas companhias, que também investem em imóveis comerciais para obtenção de renda de aluguel.

O prospecto da oferta da BR Properties sugere que ação da companhia será vendida entre R$ 14 e R$ 18. A depender da colocação ou não dos lotes extras na operação, isso significa que o valor de mercado da empresa deve variar de R$ 1,95 bilhão a R$ 2,6 bilhões. A São Carlos vale cerca de R$ 920 milhões e a CCP pouco menos de R$ 1 bilhão.

Já em termos de resultado, a São Carlos teve lajida de R$ 134 milhões em 12 meses até setembro, enquanto a CCP obteve R$ 103 milhões pela mesma métrica em igual período. A BR Properties, que já divulgou os números do exercício de 2009 fechado, teve lajida de R$ 97 milhões.

Em termos de múltiplos, isso equivale a dizer que a São Carlos é negociada a 6,8 vezes seu lajida dos últimos 12 meses, a CCP tem um índice de 9,7 vezes e a BR Properties viria a mercado valendo de 20,1 e 26,8 vezes sua geração de caixa operacional.

A comparação de múltiplos deixa a BR Properties também em vantagem em relação às administradoras de shopping centers, que têm uma atuação semelhante à das outras empresas, embora não exatamente igual.

Empresas tradicionais no setor como Multiplan, BR Malls e Iguatemi possuem múltiplos mais baixos que os da BR Properties. O mesmo vale para a Aliansce, que abriu capital neste ano avaliada em 13,2 vezes o seu lajida, e que fechou negociada pouco acima em 14,6 vezes este indicador ontem.

Em aumento de capital feito em outubro, antigos e novos acionistas pagaram cerca de R$ 10,4 por ação para colocar mais R$ 221 milhões na BR Properties. Como alguns deles vão participar como vendedores na oferta, isso poderá representar ganho de 34% a 73% em cerca de cinco meses. No mesmo período, o Ibovespa subiu 10%.

Apesar de esses dados sinalizarem um preço elevado para os papéis da BR Properties, alguns analistas chamam atenção para os últimos movimentos de compra da companhia, que fez aquisições no valor total de R$ 290 milhões apenas entre dezembro e janeiro.

O impacto dessas compras não está refletido no lajida obtido pela companhia no passado e por isso seria mais adequado olhar a projeção de lajida futuro. Para eles, esse número pode dobrar no curto prazo. A própria BR Properties apresenta números pro forma no prospecto da operação, que consideram as aquisições do fim de 2009, indicando um lajida de R$ 128,2 milhões nessas bases, um número 32% maior que o registrado oficialmente no exercício. Neste caso, o múltiplo abaixaria para uma faixa de 15 a 20 vezes o lajida, mais em linhas com as donas de shopping

Credit Suisse planeja criar novos fundos

Valor Econômico - São Paulo/SP - FINANÇAS - 19/02/2010
 
Cristiane Perini Lucchesi, de São Paulo


O Credit Suisse resolveu ampliar mais suas apostas na área de gestão de fundos, informa o presidente do banco no país, Antonio Quintella. "Com a tendência de queda nos juros, os investidores vão buscar alternativas mais rentáveis de investimento e de mais longo prazo do que o tradicional fundo DI."

A idéia, segundo ele, é criar opções para esse investidor que "precisa alongar seu horizonte de investimento". A montagem e gestão de fundos de crédito será prioridade, assim como de fundos de ativos ilíquidos, que podem ser de ações ou crédito. Podem ser usados também papéis híbridos, como debêntures conversíveis, ou ainda títulos de financiamento imobiliário, entre outros. Para isso, o banco deslocou para a área de gestão de recursos especialista em crédito do banco de investimento, Marcelo Saad, e também Bruno Szwarc, que vai se debruçar sobre outras classes de ativos ilíquidos.

Em outubro, conforme adiantou o Valor, o banco já lançou em conjunto com o Santander um fundo inovador, um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) batizado de Crédito Corporativo Brasil. Ele servirá para dar crédito de longo prazo a grandes corporações nacionais. O primeiro lote do fundo, que seria inicialmente de R$ 2,9 bilhões, foi reduzido para R$ 1 bilhão, segundo comunicado ao mercado. Quintella não quis comentar sobre o andamento desse fundo, pois alegou estar em período de silêncio.

Na verdade, o maior investimento do Credit Suisse em gestão de recursos de terceiros e o primeiro na área de private banking (administração de fortunas de pessoas físicas) foi a compra da Hedging-Griffo, no final de 2006, por R$ 635 milhões. Desde então, os recursos totais sob administração do banco passaram de US$ 11 bilhões para US$ 24,1 bilhões. "Nossa aposta nesse setor foi acertada e o potencial de crescimento ainda é muito grande", diz. "Temos uma plataforma realmente aberta e oferecemos também fundos de terceiros a nossos clientes."

Com esse crescimento, segundo Quintella, o Credit Suisse no Brasil já é hoje um dos maiores gestores de fundo de hedge dos países emergentes, senão o maior. O executivo tem agora acesso a mais parâmetros para comparação: acaba de assumir como corresponsável pelo recém-criado Conselho de Mercados Emergentes do Credit Suisse, junto com o russo Fawzi Kyriakos-Saad. O conselho tem 20 integrantes, dos quais 7 representantes de regiões do banco - México, Brasil, Rússia, Oriente Médio, China, Índia e Indonésia- e responsáveis por produtos.

"Nesta fase do sistema financeiro internacional, o capital está escasso e caro e precisamos definir prioridades de atuação nos emergentes", afirma. O comitê, que vai se reportar diretamente ao comitê executivo do banco, vai trocar experiências em estratégia de gestão e melhores práticas, além de definir oportunidades de negócios, de forma a dar "mais consistência à atuação do banco nos emergentes". Visa ainda ajudar a conectar clientes e o pessoal do próprio banco e definir inclusive limites de capital.

Quintella continua como presidente do banco no Brasil, mas deixa, no entanto, de acumular a responsabilidade pela divisão de banco de investimento no país. A mudança gerou muita especulação no mercado, inclusive de que o executivo estaria saindo do banco. "Vou ficar mais tempo no avião e precisava reduzir o número de pessoas que reportavam para mim no Brasil", justifica Quintella. Eram 20 pessoas e agora serão 13. A chefia da área de banco de investimento agora passa a ser dividida por José Olympio Pereira, ex-responsável pela área de finanças corporativas, e por Marcelo Kayath, ex-responsável pela área de vendas e pesquisa de renda variável.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Imóvel é opção para diversificar a aposentadoria


Investimento pode ser feito em ativo físico ou em produtos financeiros
Yolanda Fordelone, do Economia & Negócios  
Estadão, quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010 8:11


SÃO PAULO - Não é de hoje que o investimento em imóveis está entre os preferidos dos brasileiros. A novidade é que, no ambiente em que as pessoas se preocupam cada vez mais com a renda depois da aposentadoria, o segmento imobiliário surge como opção para a poupança de longo prazo.

Especialistas indicam o segmento como uma alternativa para aumentar a renda na terceira idade. Ou seja, não se recomenda que todo o dinheiro seja imobilizado em um imóvel. "A vantagem não está na rentabilidade, pois as taxas de aluguel raramente batem os melhores produtos de renda fixa e previdência. É inegável, porém, o benefício da diversificação proporcionada por uma pequena carteira de imóveis", avalia o consultor Gustavo Cerbasi.

"No caso de uma crise, o pior efeito é a perda do inquilino, não do patrimônio, enquanto alguns produtos financeiros, quando mal escolhidos, podem trazer até perdas totais." Atualmente, o aluguel mensal equivale a cerca de 0,5% do valor do imóvel. "Quando o retorno atinge 1%, está super bem alugado", diz o economista Francis Brode Hesse.

Em termos de valorização, a história tem mostrado que os imóveis também são boa opção. Nos últimos três anos, enquanto o preço dos imóveis avançou 85%, o Ibovespa subiu 47,8%. 

Em geral, imóveis pequenos, como salas comerciais e apartamentos de dois dormitórios, são os mais indicados, pois têm três características: oferecem retornos mais atrativos, têm muita procura – não ficam desocupados por muito tempo – e se encaixam na estratégia de diversificação da carteira (por causa do valor).

"A porcentagem de retorno tende a se reduzir em imóveis de valor elevado", diz o economista Marcos Silvestre. "Para fins de aposentadoria, os imóveis pequenos são mais interessantes, pois permitem redução do custo de vacância", completa Cerbasi.

O principal risco quando se pensa em imóveis é a liquidez, mas até isso pode se tornar uma vantagem no caso da aposentadoria. "Nessa época, o aposentado precisa de um fluxo de caixa periódico. Não é muito bom que esteja líquido porque pode sofrer assédio de familiares e amigos", pondera Silvestre.

Alternativa

Ainda assim, quem teme ficar sem liquidez pode optar pelos produtos financeiros atrelados aos imóveis. "Fundos imobiliários negociados em bolsa de valores permitem que, com um pequeno valor, o investidor consiga aplicar num conjunto de imóveis", diz o professor da Fipecafi Luís Eduardo Afonso.

Nessa aplicação, por cotas que custam a partir de R$ 1 mil, o investidor recebe mensalmente o rendimento do aluguel proporcional ao número de cotas que possui. "A vantagem é que fundos imobiliários envolvem grandes imóveis, em que a inadimplência tende a ser menor", diz o sócio do escritório PMKA Advogados Juliano Cornacchia.

"Com uma quantia pequena, compra-se um pedaço de um grande imóvel", acrescenta. Outro benefício é a isenção de Imposto de Renda para as pessoas físicas.

Quem fizer a opção por um imóvel físico deve saber que algumas questões devem ser observadas. Entre elas, as despesas de condomínios e impostos. "Geralmente, elas são de responsabilidade de do locatário. Mas, se ele deixa de pagar, o imóvel será onerado. Quem sairá perdendo é o proprietário", aponta Cornacchia. A recomendação é de que esses custos sejam acrescidos ao valor do aluguel, mas pagos pelo próprio dono do imóvel.

"Despesas extraordinárias, como a ampliação da infraestrutura do condomínio, também são de responsabilidade do proprietário", explica o advogado.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O mago dos imóveis vai investir em infraestrutura no Brasil

O Estado de S. Paulo - São Paulo/SP - ECONOMIA - 08/02/2010

Sam Zell quer aproveitar as oportunidades de negócios que surgirão com a Copa do Mundo e a Olimpíada

Quando comprou ações da Gafisa pela primeira vez, há cinco anos, o mega investidor americano Sam Zell desembolsou US$ 55 milhões para ficar com um terço da companhia. Na época, poucas pessoas arriscariam dizer que o mercado imobiliário mudaria tanto em pouco tempo. Zell começava, ali, a eleger o Brasil como o melhor lugar do mundo para investir. Depois de injetar US$ 500 milhões em seis empresas brasileiras - metade do dinheiro aplicado por seus quatro fundos no mundo -, Zell agora quer "alargar" o conceito de mercado imobiliário. "Nós somos conhecidos mundialmente como investidores imobiliários. Mas a verdade é que 70% dos nossos negócios não são nesse mercado", disse Zell ao Estado (leia entrevista abaixo). "O Brasil é o melhor lugar do mundo para investir. Em qualquer área."

No radar de Zell, entra qualquer negócio ligado à infraestrutura. Ele quer aproveitar as oportunidades que surgirão com a Copa do Mundo, em 2014, e a Olimpíada, que acontecerá no Rio de Janeiro dois anos depois. "Podemos investir em estádios, aeroportos, transporte público e hotéis. À medida que o Brasil cresce, mais oportunidades vão aparecer", diz Gary Garrabrant, sócio de Zell na Equity International (EI), empresa de investimentos fora dos Estados Unidos. "De tempos em tempos nós conversamos com as construtoras brasileiras sobre infraestrutura e como nós podemos participar disso."


Em hotelaria, por exemplo, a ideia é investir em unidades de padrão econômico. "Não há espaço para muitos hotéis de luxo no Brasil", diz Garrabrant, no lobby do hotel Fasano, em São Paulo. "Faltam hotéis de classe média no Rio de Janeiro." Eles também cogitam entrar no negócio de fazendas, a exemplo do que fez seu concorrente Elie Horn, o controlador da Cyrela, na BrasilAgro - ela compra terras em estado bruto, investe em melhorias e tenta vender com lucro mais adiante.

Filho de imigrantes poloneses, Zell é considerado um visionário, uma espécie de Warren Buffet dos imóveis. Em 2007, pouco antes da crise imobiliária americana, vendeu a sua Equity Offices Properties por US$ 39 bilhões, o maior negócio no setor até hoje no mundo. Zell começou cedo, comprando apartamentos para colegas da Univesidade de Michigan, e construiu um império com mais de 220 mil propriedades espalhadas pelos EUA.

Nos últimos anos, sua imagem esteve mais associada ao investimento na Tribune Company, que publica os jornais Chicago Tribune e Los Angeles Times. A empresa pediu concordata há pouco mais de um ano. Na ocasião, Zell disse que fatores externos criaram a tempestade perfeita: economia dura e queda da receita publicitária. Com a crise financeira global em 2008, sua fortuna pessoal, que era avaliada em US$ 6 bilhões, caiu pela metade, segundo a revista Forbes.

EXPERIÊNCIA

No Brasil, ao contrário, os negócios vão bem. A sua experiência com imóveis, tanto nos EUA quanto no México - onde ajudou a criar a Homex, hoje a maior construtora popular do país - tem ajudado suas empresas a prosperar no setor.

Hoje, Zell não só é o maior acionista individual, com 13,66%, da Gafisa - uma das maiores incorporadoras do País, listada na Bolsa de Nova York -, como também se tornou o maior sócio da BRMalls, empresa líder no setor de shopping centers, e da Bracor, especializda em imóveis comerciais e industriais. Tem ainda participação relevante na AGV Logística, na construtora popular Tenda e na Brazilian Finance & Real Estate, de hipotecas residenciais, securitização de recebíveis e estruturação de fundos imobiliários. "Ser sócio de Sam Zell abre portas. Ele agrega imagem e conhecimento", diz Fábio Nogueira, diretor da Brazilian Finance, último investimento do americano no País. A Equity International pagou US$ 125 milhões por uma fatia de 20,7% na companhia.

A Bracor acabou de receber mais uma rodada de capitalização dos sócios, que lhe dará cacife para investir R$ 1 bilhão. "A Bracor vai fazer quatro anos e já tem R$ 2,5 bilhões em ativos próprios. Sam Zell ajuda muito com a experiência anterior", conta Carlos Betancourt, presidente da Bracor.

Na Gafisa e na Tenda, o investidor pretende injetar mais dinheiro para aproveitar o crescimento do mercado imobiliário local, especialmente na baixa renda. "Vamos apoiar Gafisa e Tenda com a maior quantidade de dinheiro possível. Não vamos comprar mais empresas residenciais, mas criar gigantes no setor", diz Garrabrant. "Sam Zell teve uma enorme importância na definição das estratégias que levaram a Gafisa a ser o que é hoje", afirma Wilson Amaral, presidente da Gafisa.

Zell só participa das grandes decisões. Ao Brasil, vem uma ou duas vezes por ano. Os executivos da EI, Garrabrant e Thomas McDonald, tem assentos nos conselhos das empresas, o que exige visitas mais frequentes. Na última viagem ao Brasil, Garrabrant falou pela primeira vez com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Foi apresentar a sociedade com a Brazilian Finance e discutir oportunidades de negócios.

Quem é Sam Zell

Filho de imigrantes poloneses, Sam Zell nasceu em Chicago em 1941. Formado em direito pela Universidade de Michigan, o investidor começou comprando imóveis para colegas de faculdade

Criou um império com 220 mil propriedades nos EUA, vendido em 2007 para o fundo Blackstone por US$ 39 bilhões

A Gafisa foi seu primeiro investimento no Brasil. Pagou US$ 55 milhões por um um terço da construtora. Hoje é sócio de seis empresas no País

Por que o Brasil é a bola da vez, segundo o mega investidor

1 Com mais de 190 milhões de habitantes, o Brasil tem escala para investimentos

2 É autossuficiente em energia elétrica e um país rico em recursos naturais

3 É politicamente estável. Serve de exemplo para toda a América Latina

4 Tem um governo economicamente conservador e socialmente progressista

5 Tem executivos de primeira linha, o que é difícil achar em outros países onde invisto

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Emissões somam R$ 2,9 bi em janeiro, entre ações e renda fixa

05/02 - 15:36 - Nelson Rocco, iG São Paulo

As emissões de ações e títulos de dívida no mercado brasileiro de capitais somaram R$ 2,9 bilhões em janeiro, segundo boletim da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O valor é ligeiramente superior (4,4%) aos R$ 2,8 bilhões emitidos no mesmo mês de 2009, embora no período tenha havido apenas colocações de títulos de renda fixa – nenhuma oferta de renda variável foi registrada.


Das 17 operações registradas no mês passado, houve uma em renda variável e 16, de renda fixa. Em janeiro do ano passado, foram 19 operações de renda fixa. Em todo o ano, foram colocados no mercado R$ 102,2 bilhões entre ofertas de ações e títulos de dívida.

Em janeiro, a única oferta de ações foi feita pela Aliansce Shopping Centers, no valor de R$ 673 milhões. A abertura de capital (IPO na sigla em inglês) da administradora de shoppings dividiu-se entre primária (em que há captação de dinheiro novo pela empresa), com R$ 450 milhões, e secundária (em que os sócios vendem suas ações), no total de R$ 223 milhões. No ano passado, foram 24 operações de colocações de ações, entre primárias e secundárias, somando R$ 47,1 bilhões.

As operações de renda fixa de janeiro somaram R$ 2,257 bilhões, entre debêntures, fundo de investimento em direitos creditórios (FIDCs) e certificados de recebíveis imobiliários (CRIs). A maior oferta foi a da companhia de energia CTEEP, no valor de R$ 549 milhões.

Mapa imobiliário

Revista Capital Aberto - - REVISTA - 05/02/2010

Bolsa estuda segmento com o objetivo de padronizar produtos e atrair novos investidores


Criada no ano passado pela BM&FBovespa, a Câmara Consultiva do Mercado Imobiliário começa a colocar em prática seus projetos de desenvolvimento dos produtos financeiros lastreados em imóveis. Um deles é aperfeiçoar a negociação das Cédulas de Crédito Imobiliário (CCIs), títulos representativos de crédito imobiliário que podem ser emitidos diretamente pelo credor e são usualmente cedidos para lastrear emissões de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). “Um dos objetivos é garantir que alterações no lastro do papel sejam refletidas no ativo securitizado”, explica Marta Alves, diretora executiva de produtos da BM&FBovespa.